O que é a resiliência?
Para entender a resiliência no empreendedorismo precisamos primeiro entender o que é isso.
A Resiliência é um conceito que foi emprestado da física para a psicologia. Originalmente, o conceito da física diz que “a resiliência de uma material pode ser definida como a capacidade de deformação máxima que ele é capaz de armazenar sem sofrer deformações permanentes, a partir de uma tensão ou compressão externa”.
A psicologia empresta esse conceito e o transpõe para nós, seres humanos. Ela fala da característica de indivíduos que ao passarem por condições de adversidade, conseguem se erguer novamente ou até se melhorar, forçando seus limites. Segundo a renomada psicóloga Suniya Luthar, resiliência é o “processo dinâmico de adaptação positiva em contexto de significativa adversidade”.
No geral, o significado da resiliência humana vai além da definição vista pelos físicos, pois não se refere a simplesmente volta ao estado anterior, mas sim a se adaptar positivamente, ou seja, melhorar a condição.
A importância do erro
No empreendedorismo muitas adversidades estão fora do controle do empreendedor e surgem de fatores externos como uma crise economica ou uma mudança no mercado. Mas na maioria das vezes, elas na verdade são geradas a partir de escolhas erradas dos próprios empreendeendores.
Como nossa capacidade de prever com alguma assertividade frente a cenários de incerteza é menor do que gostaríamos, muitas vezes nossas escolhas geram problemas e não soluções. São os erros. E é nossa capacidade de lidar com a adversidade gerada por eles que mostra nossa resiliência.
Como o erro é inevitável, exercitar a resiliência é um dos ativos mais importantes para o empreender. É através dela que conseguiremos aprender com eles e criar soluções criativas para contorná-los. É através dela que evitaremos repetir os mesmos erros no futuro.
Uma questão de perda
Desenvolver a resiliência nem sempre é simples. Quando a adversidade atravessada tem a ver com uma perda, é preciso digerir essa perda.
Ela pode ser grande como um negócio que não deu certo e uma empreitada que falhou ou menos impactante como a perda da capacidade de compra, de uma posição no mercado ou a perda de funcionários.
A assimilação da perda é uma parte importante do processo. Perdas são pequenos lutos pelos quais passamos e é preciso digeri-los internamente antes de seguir. Passar por cima de uma perda como se ela não existisse e ir em frente, no geral, acaba gerando bagagem psicológica interna que pode voltar na forma de sombras, projeções e outros comportamentos negativos no futuro.
Então é importante entender que resiliência não tem a ver com contornar o sofrer. Mas com atravessá-lo e sair melhor do outro lado.
Um grande amigo, o psiquiatra Dr. Jussieu Roberto Siqueira tem uma fala rápida, de 2 minutos, sobre isso.
Então, o primeiro passo para trabalhar a resiliência empreendedora é aceitar os erros e a adversidade, reconhecer seu papel neles, ter a abertura de ouvir o que a situação tem a ensinar e aprender com isso.
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Uma questão de atitude
Para que isso seja possível, o segundo passo mais importante é sua atitude diante da adversidade.
O resiliente é aquele que não se vê como uma simples vítima do mundo. Não, ele se enxerga como protagonista de sua história e sabe que, apesar de nem sempre ter controle sobre o que lhe acontece, que tem controle sobre a resposta que pode dar a qualquer situação.
O resiliente está no comando de suas escolhas e é por isso que consegue encontrar formas criativas contornar uma situação.
Quando somos vítimas do mundo, isso não é possível, pois não temos nenhum poder e ficamos eternamente esperando que alguém venha nos salvar. Algo que é perto de impossível de acontecer.
Uma questão de improvisação
A psicóloga Daine Coutu, ex-editora da Harvard Business School diz que o indivíduo resiliente tem três características.
1 – A firme aceitação da realidade, uma crença profunda, geralmente apoiada em valores fortemente sustentados, de que a vida é importantee significativa, e uma misteriosa habilidade de improvisação
2 – Perceber a realidade a partir do estabelecimento de significados para a situação adversa
3 – Habilidade de improvisação para a solução de um problema a partir da utilização de ferramentas ou instrumentos disponíveis no momento.
Este pensamento reforça o que estamos falando. É preciso aceitar a realidade e lidar com as emoções que isso envolve sem tentar contornar e negar as coisas. É preciso ter uma atitude de ser dono da própria reação em relação ao que acontece transcendendo o papel de vítima.
E finalmente, o terceiro passo. É preciso fazer o melhor possível com o que você tem às mãos no momento. Ou seja, assumir uma postura de que não há nada a fazer pois você não tem os recursos necessários é cair novamente no papel da vítima a espera de um salvador.
Em Resumo: A Resiliência no Empreendedorismo
Desta forma, os três passos para ser mais resiliente em frente às adversidades do empreendedorismo, são:
1 – Aceitar os erros e a adversidade, reconhecer seu papel neles, ter a abertura de ouvir o que a situação tem a ensinar e aprender com isso.
2 – Ter uma atitude de protagonista em relação a sua própria história
3 – Fazer o melhor possível com o que você tem às mãos
Se você ainda não tem um negócio sugiro que fique de olho no método do Empreendedor Enxuto.
E se você já tem um negócio, tenho certeza que já precisou de sua resiliência empreendedora talvez mais de uma vez, certo?
Este é um barco no qual estamos todos juntos. Espero que esse post te ajude a melhorar ainda mais essa habilidade.
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beijo grande
Show! Gostei muito do posto!