O que é o Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama de Ishikawa, que também é conhecido por diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe, foi criado por Kaoru Ishikawa em meados do século passado. Ishikawa foi um engenheiro extremamente dedicado ao controle da qualidade na indústria japonesa. O seu diagrama ajuda a pensar de forma sistemática quais são as possíveis causas de um determinado problema. E a beleza é que ele pode ser usado por qualquer pessoa, já que é bastante intuitivo.
Quando Ishikawa criou seu diagrama ele estava pensando na qualidade em termos de fábrica, de indústria, mas esse modelo pode ser usado em todas as área de uma empresa ou projeto.
― Ishikawa
Como aplicar o Diagrama de Ishikawa
Para aplicar o diagrama é preciso seguir algumas etapas:
#1 – Identificar o problema
#2 – Estruturar o Diagrama
O diagrama é composto de uma linha central que mostra qual é o problema a ser tratado, ou seja o efeito para o qual se buscam as causas.
Derivando dessa linha saem os eixos das causas, que Ishikawa agrupou nos chamados 6 Ms:
- Método: quais causas e sub causas estão relacionadas ao método pelo qual se realiza um trabalho?
- Medida: que problemas podem ter vindo de medições equivocadas ou mesmo do fato de se medir as coisas erradas?
- Máquina: que causas podem ter surgido das máquinas envolvidas no trabalho? sejam de defeitos ou problemas de ajustes?
- Meio Ambiente: que problemas estão ligados ao meio ambiente do processo? seja o meio ambiente físico (e até ecológico) como também os cenários políticos e econômicos do mercado?
- Mão de Obra: que causas foram geradas pelas pessoas envolvidas no trabalho?
- Material: que problemas estão ligados à qualidade do material e matéria prima usados?
E um sexto M que podemos adicionar e que vem do inglês Management, ou seja, gerenciamento, e que busca as causas ligadas a problemas na gestão do trabalho.
#3 – Levantar os Dados
Depois de estruturar o diagrama com o problema em destaque é preciso reunir os envolvidos na questão sendo tratada para levantar todas as possíveis causas. Isso deve ser feito através de um brainstorm no qual as possíveis causas vão sendo anotadas.
#4 – Classificar
Os dados levantados devem ser classificados dentro do diagrama nos eixos a que se referem e podem ainda ser classificados entre causas e sub causas (que são aquelas que derivam umas das outras).
Se quiser ver a técnica na prática, o resultado de uma busca no google mostra uma série de exemplos.
― Miguel de Cervantes
O que fazer com o Diagrama de Ishikawa
Quando temos o diagrama pronto, possuímos então uma ferramenta visual poderosa que ajuda todos os envolvidos naquele problema a enxergarem com clareza quais são as suas causas e o que precisa ser feito para que ele seja corrigido e não volte a se repetir.
Portanto essa é uma ferramenta que deve ser compartilhada e que deve ser usada continuamente para que a melhoria na qualidade também seja contínua.
E mais do que isso, quando identificamos as raízes dos problemas em nosso negócio, podemos agir estrategicamente para, além de não repeti-los, evitar que aconteçam ou nos certificarmos ao menos de minimizar essas chances.
– Kaoru Ishikawa